quinta-feira, 22 de julho de 2010

EQUIPE ORTAÉTICA PALESTRANDO AOS EDUCADORES SOCIAIS DA SERRA DA CANTAREIRA

A Trupe Ortaética foi convidada para palestrar sobre “Arte/Educação como processo de criação” aos educadores do Centro da Criança e do Adolescente Meu Guri.

O encontro realizado nessa quinta-feira, 22 de julho de 2010, foi um misto entre teoria, referências bibliográficas, exposição de diferentes experiências e atividades práticas de percepção.

Com caráter de bate-papo interativo, o coordenador do projeto de Teatro Comunitário, Professor Tiago Ortaet, iniciou o encontro com explanações a respeito do panorama da Arte/educação e suas consonâncias, principalmente no que tange o trabalho como reflexão do cotidiano em espaços comunitários com famílias.

Foi abordado a dinâmica de trabalho em diferentes espaços (lócus) e os desafios que se inserem perante as dificuldades.

Logo em seguida a atriz e professora de Teatro Thaís Aguiar, relatou aos presentes sua experiência num projeto piloto de Arte/Educação desenvolvido pela Faculdade de Educação da USP em escolas periféricas da cidade de Guarulhos, do qual participou. Em sua fala, Thais destacou a importância de integrar a criança no projeto de trabalho, fazendo com que ela de fato faça parte do que foi trilhado para um aprendizado significativo.

A professora exemplificou diversos momentos de seus dois anos nesse projeto, que mais tarde se transformaria em grade curricular da Secretaria de Educação, dentre eles, experiências com educadores resistentes para uma prática reflexiva, atividades que despertem curiosidade, quebra da rotina no processo de criação, ousadia nas construções didáticas e sobretudo autonomia desses aprendizes.

A artista Plástica da Trupe Ortaética Vivi Minorelli, privilegiou em sua fala a necessidade de atividades cíclicas, que retornam para o auto-conhecimento. Além disso discursou sobre sua condução de turmas de pesquisa entre adolescentes e adultos em fotografia e cenografia dentro da Cia.

Thais Aguiar retomou a conduzir o encontro quando propôs aos envolvidos uma dinâmica de percepção e pontos de vista, interferindo nas relações entre as pessoas e principalmente na conduta do orientador de uma atividade de artes.

Durante o bate-papo entramos em demais assuntos da realidade vivida pelas famílias atendidas no C.C.A. principalmente sobre o aspecto rural dos atendidos. Discutimos e abordamos também a questão da diversidade entre as crianças, o prazer no ato artístico e de aprendizado em todas as relações dentro da instituição.

Em seguida a equipe Ortaética expos imagens da ultima edição do evento “FORMARAU” e mais uma vez destacaram “arte como processo” e a preocupação de não usar a arte como um mero pano de fundo, uma ferramenta decorativa, mecanizada ou sem reflexão.

Outros integrantes da Trupe, César e Célia, falaram sobre suas experiências dentro do projeto de arte/educação e suas incessantes buscas por novas oportunidades de aprendizado, inclusive da atitude de cada um deles em buscar formação em diferentes linguagens e referencias mesmo fora do período de trabalho na equipe teatral.

Foram exibidos vídeos que demonstraram eventos que contemplam o teatro em procedimentos diferentes, porém todos em constante formação; bem como a alternância de temas debatidos, todos germinados dentre os participantes das comunidades atendidas.

O encontro foi finalizado com uma dinâmica de percussão corporal em diferentes ritmos feitos com o próprio corpo, dentre eles o baião, o samba e o rap.

Foi uma tarde de troca de experiências e descontração, ambas as equipes expuseram suas intenções de promover capacitação na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde a Trupe atualmente faz morada, a fim de que aja mais tempo hábil para outras trocas simbólicas.

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